Mundo
ONU critica "apatia" do mundo e apela à urgência de salvar 87 milhões de pessoas
As Nações Unidas condenam a "apatia" perante o sofrimento no mundo e fazem um apelo humanitário para o próximo ano: 23 mil milhões de dólares, quase 20 mil milhões de euros, para salvar 87 milhões de pessoas em todo o planeta.
O ano que está a terminar foi o pior dos últimos dez anos em termos de financiamento para ajuda humanitária, muito por culpa das decisões de Donald Trump que impôs quebras significativas nas doações. A ONU conseguiu angariar apenas 12 dos 45 mil milhões de dólares de que precisava.
Com duras críticas, o chefe das Operações Humanitárias da ONU lamenta que o mundo tenha caído “na apatia" perante o sofrimento de milhões de pessoas.
"Estamos a viver uma época de brutalidade, impunidade e indiferença", afirmou Tom Fletcher, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, denunciando a "ferocidade e intensidade dos assassinatos", o "desprezo total pelo direito internacional" e os "níveis aterradores de violência sexual".
"Uma época em que o nosso instinto de sobrevivência foi entorpecido pelas distrações e corroído pela apatia, em que investimos mais energia e dinheiro para encontrar novas formas de nos matarmos uns aos outros, ao mesmo tempo que desmantelamos os meios arduamente conquistados para nos protegermos dos nossos piores instintos, em que os políticos se gabam de cortar as ajudas", acusou Fletcher na apresentação do plano humanitário da ONU para 2026.
O responsável alertou para a existência de cerca de 240 milhões de pessoas, vítimas de guerras, epidemias, terramotos ou do impacto das alterações climáticas em todo o mundo, que precisam de ajuda urgente. Nesse sentido, a ONU precisa de 33 mil milhões de dólares para apoiar 135 milhões daquelas pessoas em 2026 em Gaza, no Sudão, no Haiti, na Birmânia, na República Democrática do Congo (RDCongo) ou na Ucrânia.
E considerando o contexto de cortes drásticos na ajuda externa norte-americana, a ONU reduziu também as ambições, apresentando um plano restrito, que solicita 23 mil milhões de dólares para salvar, pelo menos, 87 milhões das pessoas em maior risco.
Em 2025, o apelo humanitário de mais de 45 mil milhões de dólares foi financiado em pouco mais de 12 mil milhões, "o mais baixo em uma década", o que permitiu ajudar 98 milhões de pessoas, 25 milhões menos que no ano anterior.
De acordo com os números da ONU, apesar dos cortes os Estados Unidos continuaram a ser, o principal país doador de planos humanitários no mundo, mas com uma queda significativa: 2,7 mil milhões de dólares, contra 11 mil milhões em 2024.
Com duras críticas, o chefe das Operações Humanitárias da ONU lamenta que o mundo tenha caído “na apatia" perante o sofrimento de milhões de pessoas.
"Estamos a viver uma época de brutalidade, impunidade e indiferença", afirmou Tom Fletcher, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, denunciando a "ferocidade e intensidade dos assassinatos", o "desprezo total pelo direito internacional" e os "níveis aterradores de violência sexual".
"Uma época em que o nosso instinto de sobrevivência foi entorpecido pelas distrações e corroído pela apatia, em que investimos mais energia e dinheiro para encontrar novas formas de nos matarmos uns aos outros, ao mesmo tempo que desmantelamos os meios arduamente conquistados para nos protegermos dos nossos piores instintos, em que os políticos se gabam de cortar as ajudas", acusou Fletcher na apresentação do plano humanitário da ONU para 2026.
O responsável alertou para a existência de cerca de 240 milhões de pessoas, vítimas de guerras, epidemias, terramotos ou do impacto das alterações climáticas em todo o mundo, que precisam de ajuda urgente. Nesse sentido, a ONU precisa de 33 mil milhões de dólares para apoiar 135 milhões daquelas pessoas em 2026 em Gaza, no Sudão, no Haiti, na Birmânia, na República Democrática do Congo (RDCongo) ou na Ucrânia.
E considerando o contexto de cortes drásticos na ajuda externa norte-americana, a ONU reduziu também as ambições, apresentando um plano restrito, que solicita 23 mil milhões de dólares para salvar, pelo menos, 87 milhões das pessoas em maior risco.
Em 2025, o apelo humanitário de mais de 45 mil milhões de dólares foi financiado em pouco mais de 12 mil milhões, "o mais baixo em uma década", o que permitiu ajudar 98 milhões de pessoas, 25 milhões menos que no ano anterior.
De acordo com os números da ONU, apesar dos cortes os Estados Unidos continuaram a ser, o principal país doador de planos humanitários no mundo, mas com uma queda significativa: 2,7 mil milhões de dólares, contra 11 mil milhões em 2024.
No topo das crises prioritárias em 2026 estão Gaza e a Cisjordânia, para as quais a ONU solicita 4,1 mil milhões de dólares para ajudar 3 milhões de pessoas, bem como o Sudão (2,9 mil milhões para 20 milhões de pessoas), onde o número de deslocados pelo conflito sangrento entre generais rivais não para de aumentar.
C/agências